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TRF-2 confirma condenação, aumenta pena de Sérgio Cabral e diminui de Adriana Ancelmo
Sessão é referente à Operação Calicute, a primeira da Lava Jato no Rio. Condenação do ex-governador recebeu mais sete meses e agora, o total da pena de Cabral em todas as nove condenações chega a 198 anos e 6 meses.
O Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) confirmou, nesta terça-feira (5), condenações da Operação Calicute de primeira instância e aumentou a pena do ex-governador Sérgio Cabral no processo.
No processo, ele havia sido condenado a 45 anos e 2 meses. A nova decisão aumentou a pena para 45 anos e 9 meses.
Já a da ex-primeira dama Adriana Ancelmo diminuiu: era de 18 anos e 3 meses, mas passou a 12 anos e 11 meses.
Após o julgamento de embargos que serão apresentados pelo Ministério Público Federal, ela pode ser presa, segundo o próprio MPF.
Este é o primeiro caso de Cabral julgado num tribunal de segunda instância no Rio. Em Curitiba, ele já havia sido condenado num tribunal de segunda instância.
Agora, o total da pena de Cabral em todas as nove condenações chega a 198 anos e 6 meses.
Com o julgamento, as novas penas ficaram assim definidas:

    Sergio Cabral - 45 anos e 9 meses
    Wilson Carlos - 18 anos e 1 mês
    Hudson Braga - 18 anos e 4 meses
    Carlos Miranda - 20 anos e 6 meses
    Vagner Jordão - 13 anos e 6 meses
    Adriana Ancelmo - 12 anos e 11 meses
    Paulo Magalhães Pinto - 3 anos e 6 meses
    José Orlando Rabelo - absolvido
    Luís Paulo Reis 3 anos e 7 meses
    Carlos Borges - 3 anos e 6 meses
    Luiz Carlos Bezerra 5 anos e 8 meses

Como foi o julgamento
O relator da Lava Jato no Rio na 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2), desembargador Abel Gomes, foi o primeiro a votar. O magistrado se manifestou pelo aumento a pena do ex-governador Sérgio Cabral (MDB) em processo aberto com base na Operação Calicute.
Gomes começou a proferir o voto por volta de 17h30 desta terça-feira (4).
O aumento da pena, no voto do relator, foi de 7 meses: era de 45 anos e 2 meses na decisão de primeira instância e, no voto dele, passou a 45 anos e 9 meses.
Abel Gomes também pediu pelo aumento da pena de Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral, na Operação Calicute. Antes, era de 18 anos e 3 meses. Mas o desembargador quer que suba para 21 anos e 9 meses.
O julgamento começou por volta de 13h15, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Na Operação Calicute, Cabral foi condenado a 45 anos e 2 meses de prisão. Mas os procuradores do Ministério Público Federal pedem o aumento da condenação.
Rogério Nascimento, que leu a manifestação do MPF, afirmou que "corrupção mata" e que o desvio de verbas em meio a tragédia na Serra, por exemplo, mostra a "insensibilidade de tiranos".
O segundo a votar foi o desembargador revisor, Paulo Espírito Santo. Ele defendeu o aumento da condenação. O magistrado disse que Sérgio Cabral tem "personalidade voltada para o crime" e pediu o aumento da pena na Calicute para 59 anos e 1 mês.
"Para mim, esse é o maior caso de corrupção que já vivemos aqui", defendeu.
Presidente da Turma, Antonio Ivan Athié manteve a pena determinada pelo juiz de primeira instância e fez duras críticas ao esquema de corrupção.
"Fatos mostram não compensar a ganância estratosférica. Trevas levam parentes e amigos iludidos por benesses que nem benesses são, quase sempre a custa do sofrimento do povo".
Por Gabriel Barreira, G1 Rio



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